07 dezembro, 2006

Ser feliz é...

Quando eu era bebê,
FELICIDADE para mim era uma roupa quentinha e leite,
bastante leite;
depois, quando eu era crianca,
a casa da Barbie era a maior
FELICIDADE que eu poderia ter.
Brincar na rua, descalca, ou tomar sorvete no inverno (mesmo sabendo que minha garganta ia inflamar) também era muito bom.
Dormir na casa de uma amiga e ficar conversando no quarto até de madrugada era a maior
FELICIDADE do mundo.
Quando eu era adolescente,
FELICIDADE era ir sozinha ao shopping center,
ir no cinema e depois comer uma promocão do McDonald’s.
Ou então, poder conversar no telefone horas, sem minha mãe pedir para desligar,
poder ir à escola sem uniforme
ou ir ao show da banda da moda e voltar de taxi sozinha.
Isso sim era
FELICIDADE.
FELICIDADE era ir à praia nas férias de julho e não chover nenhum dia.
FELICIDADE era olhar no celular e ver chamar a pessoa que eu mais queria que ligasse.
O coracão batia com tanta forca que acabava esquecendo tudo que tinha decorado para quando aquele momento acontecesse.
Um namorado também já foi a pura manifestacão de
FELICIDADE.
Logo depois,
FELICIDADE era sair à noite, ir à uma boate e tocar aquela, aquela música, pra lembrar no outro dia o quanto foi bom ouví-la.
Dancar e dancar até suar ao ouvir no radio a musica preferida quando eu acabei de ligá-lo.
FELICIDADE era passar no vestibular e ver meu nome no jornal: aprovada.
Ser feliz era não precisar mais dizer onde ia, com quem e que horas voltava.
Depois,
FELICIDADE era um emprego, dinheirinho no bolso e o comeco de uma independência.
Hoje eu posso ver que
FELICIDADE não é obter e sim buscar. É isso que nos torna vivos.

03 dezembro, 2006

Para que servem os sonhos?

Mr. Lonely - Akon

Lonely
I'm Mr. Lonely,
I have nobody,
For my owwnnn

I'm so lonely,
I'm Mr. Lonely,
I have nobody,
For my owwnnn


Sozinho
Eu sou Mr. Sozinho
Eu tenho ninguém
Para mim

Eu sou tão Sozinho
Eu sou Mr. Sozinho
Eu tenho ninguém
Para mim


Ontem dormi com essa música na cabeca. Não sei exatamente quando tudo comecou, mas de um tempo para cá estou sentindo meio enganada. Assim, bem parecido com aquele ditado: “trocar gato por lebre”. Liguei para uma amiga – era seu aniversário - e percebi o tanto que estou me sentindo só. Quando ouvi sua voz lá do outro lado do oceano, meu coracão comecou a bater forte e então tive apenas a confirmacão de quão importante os amigos são para nós. A minha voz ficou trêmula até que chorei, não teve jeito.

A toda a nossa vida nos faz ter contanto com os outros. No trabalho, escola, família, encontro com amigos, etc. Fazemos isso por tantas vezes, que nunca paramos para perceber que o que realmente somos é aquilo que vivemos, são as pessoas que estão ao nosso redor. Se durante nossa vida nunca nos afastamos de quem amamos, nunca perceberemos a grandeza dessas relacões.

Porque a realidade joga um banho de água fria nos sonhos? É. Nem sempre conseguimos imaginar em nossos sonhos “cor de rosa” os percausos da vida. Aí, quando eles chegam, – e eles chegam mesmo – sentimos assim, meio sem chão. Devíamos ter um manual de sonhos, ou, quando desejássemos alguma coisa podíamos receber por e-mail uma relacão de ‘poréns’ relacionados com os nosso desejos. Mas não. Sonhamos apenas as coisas boas e as ruins vão batendo na nossa porta, dia após dia.

Mas as escolhas são assim, somos livres para as nossas opcões. Deus nos permitiu viver isso. Escolher, o famoso livre-arbítrio. Porém, Ele nos deu para carregar nos ombros o peso de nossas escolhas, de nossas decisões. Justo né? Ou então sairíamos por aí, fazendo e acontecendo sem nos lembrar dessa palavrinha mágica: Consequência. É ela que ‘freia’ os sonhos mais altos, ou mais perversos.

Nunca deixe de sonhar. Os sonhos são o combustível da vida. Se acaso os sonhos realizados não acontecerem exatamente do jeito que você imaginou, pense se talvez você não esqueceu sonhar todos os ’poréns’. Todas as escolhas tem seu preco. E sua recompensa.


Sonho Impossível – Chico Buarque

Sonhar mais um sonho impossível
Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
Negar quando a regra é vender
Sofrer a tortura implacável
Romper a incabível prisão
Voar num limite provável
Tocar o inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar este mundo, cravar este chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã este chão que eu deixei
Por meu leito e perdão
Por saber que valeu
Delirar e morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão

01 dezembro, 2006

Nove curiosidades sobre a Dinamarca

1- As pessoas lavam loucas e não tiram o sabão.

Verdade, verdadeiríssima. A primeira vez que meu namorado lavou loucas na minha casa no Brasil, achei meio esquisito, mas vi a cena normalmente, afinal, homens raramente sabem lavar loucas direito. Depois disso, morando aqui, minha sogra pediu ajuda na cozinha e eu vi com meus próprios olhinhos... péssimo. Passa sabão, mais água que sabão, e seca com pano de prato. Vale lembrar que, quem pensa que detergente na louca pode causar doencas como cancer, por exemplo, esquece, porque era pra todo mundo aqui estar morto.

2- As pessoas são frias.

Mentira. Aqui as pessoas são mais independentes como filhos dos pais, por exemplo. Mas se amam, são educados, gentis e carinhosos. Claaaro que no Brasil somos mais receptivos, mas eles não são frios. Alguns dizem que no verão tudo muda, as pessoas ficam mais alegres. Dá pra entender completamente, porque o inverno aqui estressa qualquer filho de Deus.

3- As pessoas pensam que escovar dentes muitas vezes por dia estraga os dentes.

Sem comentários. É verdade. Aqui tem uma pasta de dente muito famosa e cara. Só que simplesmente vc termina de escovar os dentes e sua boca continua com o mesmo gosto que ela tinha antes – ou seja – suja. O “thian” da pasta é que ela não arde a boca como as outras, o que para eles é uma coisa sem condicões e para nós sensacão de limpeza. Kkkk (péssimo)

4- Eles não lavam banheiro jogando água, apenas com um paninho.

Verdade. Heheheheheheh
O paninho limpa o vaso, depois a pia e depois a parede. Não necessariamente nessa mesma ordem. O chão do banheiro não tem ralo, o que não permite jogar água, vai escoar onde? Então dá-lhe paninho de novo, mas agora é pano de chão. Pensa bem? Passar pano de chão dentro do box? Naada higiênico. O paninho na parede é porque a água aqui tem muito cálcio e tudo fica com um aspecto branco. Então dá-lhe paninho com ajax na parede.

5- Eles não sabem que podemos usar descolorante nos pêlos do corpo e ficar com aspecto dourado.

Verdade. E nem pense que isso é porque eles são todos louros porque existem muitos que nem são. Simplesmente para eles isso é uma loucura, um disparate e fui olhada assim com o olho torto, como uma doida varrida. E ainda tive que pagar o mico (eu e simon) de perguntar onde comprar essas coisas no salão de baleza, porque comprar na farmácia igual no Brasil, jamais.

6- As pessoas não tomam banho todo dia.

Mentira. Dentro de toda casa tem aquecedores nos cômodos, inclusive no banheiro. A água da torneira também é quente, então fica fácil escovar os dentes, por exemplo.. hehe A preguica vai de cada um, mas tomar banho não é difícil como no inverno no Brasil.

7- Aqui tem sol artificial pra comprar.

Verdade. A falta de sol dá depressão e a gente nem imagina. Claro sol no Brasil tem pra dar e vender. E aqui você pode ir numa loja de eletrodomésticos e comprar uma luminaria que emite uma luz “semelhante” a luz solar. Aí vc coloca na sala e fica lá, morrendo de calor (porque dentro de casa é quente) e teoricamente sentindo-se mais feliz (povo louco).

8- O povo não almoca direito.

Verdade. Eles comem pão – um pão preto, cheeeio de fibra e sementes, uma coisa horríveeeeel, talvez minha irmã gostaria, super natureba, mas é ruim mesmo – então, o pão com manteiga, ovo cozido e camarão… eeeeeca! Da pra crer? Ah! Tem outra opcão: pão preto com peixe cru num molho de Curry, ou outra coisa do tipo… Tem outras opcões mais normais como queijo, presunto, salaminho essas coisas que conhecemos… mas aqui: Isso é café da manhã né? Almoco eu quero arroz com feijão! Heheheh

9- Eles só comem batata.

Verdadeiríssima… Eu pensei que era pelo preco – é suuuuper barato, mas todo mundo, do “pobre” (aqui não tem né?) ao rico.. batata, batata, batata. É impressionante a criatividade. Só muda a carne mas a batatinha tá la. E outra, é batata, carne e salada. Acabou. Não é igual no Brasil, que comemos batata, arroz, feijão, aquele macarrão do fundo da geladeira com farofa e frango assado não. Simplesmente, eu, farofeira nata, termino de comer e continuo com fome. Rsrsrrsr. Será por isso que apartamento aqui tem fogão apenas com duas bocas?

Tá aí. Quando lembrar mais coisas eu conto!